O DROGADICTO
No Dicionário Aurélio século XXI, o
termo drogadição tem a seguinte
explicação: "Adicto" vem do
lat. Addictu é um adjetivo, que significa 1) Afeiçoado,
dedicado, apegado. 2) Adjunto,
adstrito, dependente. 3) Em medicina é quem não
consegue abandonar um hábito nocivo,
mormente de álcool e drogas, por motivos
fisiológicos ou psicológicos”. Daí vem
à expressão de indivíduo adicto. (Ferreira
2004 p. 522)
O termo drogadicto é preferido por
alguns autores ao de toxicômano que seria
o usuário de tóxico + mania, que em
psiquiatria mania é uma síndrome mental
caracterizada por exaltação eufórica
do humor, excitação psíquica, hiperatividade,
insônia, etc., e, em certos casos,
agitação motora em grau variável ou uma das duas
fases alternativas da psicose
maníaco-depressiva, psicopatia que se manifesta por
acessos, que se alternam de excitação
psíquica e de depressão psíquica, como por
exemplo, a psicose canábica causada
pelo uso prolongado de maconha. Em resumo
define que se trata de pessoa propensa
e apegada à droga, enquanto que
drogadicto é mais elucidativo e define
quem passa a viver em função do tóxico em
(condição de escravo dependente)
(KALINA, 1999).
Neurologicamente a drogadicção deve
ser considerada uma doença. Ela está
ligada a alterações na estrutura e
funções cerebrais, e isso torna a drogadicção
fundamentalmente uma doença cerebral.
Inicialmente, o uso de drogas é um
comportamento voluntário, mas, com o
uso prolongado um "interruptor" no cérebro
parece ligar-se, e quando o
"interruptor" é ligado, o indivíduo entra em estado de
dependência química caracterizado pela
busca e consumo compulsivo da droga.
O drogadicto, nega suas dificuldades,
porque a sua dependência o faz
acreditar que o objeto provocador de
suas manifestações comportamentais
anômalas é a droga que está fora de
sua identidade e não dentro dele. A considera
como objeto que elegeu como o faz o
desportista que escolhe uma modalidade
esportiva (KALINA, 1999).
A droga passa a ser um agente de todas
as suas atividades e a única que
passa a confiar na sua relação com o
mundo, tornando-se em conseqüência um
escravo (dependente) do tóxico.
Quando se inicia a dependência por ser
um drogadicto, vive somente através
das drogas e em razão dela. Perde o
afeto que o une as pessoas de seu círculo e a
transfere para a droga. Aos poucos vai
se fechando num mundo restrito de pessoas
que usam droga, criando uma falsa
concepção de que todos tanto os de dentro
como os de fora do grupo são usuários
(KALINA, 1999).
Os drogadictos, via de regra, são
personalidades dominadas por angustias e
temores, cuja qualidade e intensidade
os convertem como portadores de
sentimentos insuportáveis para o seu
ego, a insegurança em si mesmo, a baixa
auto-estima e a desorganização de seus
valores no seu ser, estar e agir criam uma
enorme insegurança, e o medo de ser
destruído cria uma forma paranóica violenta
que domina este tipo de personalidade,
daí a estrutura volúvel do adicto que possui
uma resistência psicológica muito
fraca. (THEOPHILO 2004)
Segundo esse mesmo autor, não existe
uma estrutura definida de
personalidade que conduza a adicção
desde que o próprio conceito de
personalidade é complexo. Existem
centenas de definições. De forma geral
podemos dizer que é um conjunto de
padrões de comportamentos tais como pensamentos, sentimentos e crenças características
de um indivíduo.
Vale a pena lembrar que o termo atual e politicamente correto para drogadicto(termo mais científico) é usuario.
Imagens de cérebros de usuarios de drogas
Para saber mais:
Muito interessante, Carlos!
ResponderExcluirMuito obrigado,continue acompanhado nosso blog e comente.
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